O mercado imobiliário brasileiro segue registrando queda no interesse dos investidores, com a participação deles entre os compradores recuando para 31% no primeiro trimestre de 2025 — o menor nível da série histórica, segundo o Raio-X FipeZAP. Esse movimento reflete uma tendência de menor apetite por imóveis como ativo de revenda, enquanto a locação ganha força: 67% dos investidores optaram por alugar seus imóveis, aproveitando a valorização dos aluguéis e o retorno mais rápido dessa estratégia. Em fevereiro, o aluguel representou 80% das transações para investimento, caindo levemente para 75% em março.
O levantamento também apontou uma retração na intenção de compra: apenas 35% dos entrevistados declararam interesse em adquirir um imóvel nos próximos três meses, abaixo da média histórica de 38%, o que reforça o clima de cautela no setor. Com juros elevados e preços percebidos como “altos ou muito altos” por 73% dos respondentes, o cenário atual afasta investidores em busca de rentabilidades mais atraentes e consumidores mais sensíveis ao custo do financiamento. A expectativa de valorização para os próximos 12 meses é de 3,2%, enquanto as negociações com desconto subiram levemente, alcançando 66% das transações, com abatimentos médios de 10%.